sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Sabe quando você escreve uma pilha de palavras, uma pilha de sentimentos e no final olha com tanto desprezo que apaga e vai dormir em plena sexta??? (ah é sexta de carnaval para alguns)
Pois é...

* ando ouvindo, incansavelmente, Paolo Nutini..o menino apaixonado da Escócia..hehe tantas lembranças...Preciso parar de me entupir com a mesma coisa, sempre a mesma coisa. Mas o q posso fazer se algumas coisas e pessoas me "motivam a sonhar" quando outras fazem eu perder...Prefiro me cansar das coisas boas que a vida me proporciona...
Eu preciso parar de usar reticências...

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Apesar de parecer uma fortaleza em pessoa, às vezes (vale ressaltar que raramente acontece este "às vezes"), eu me pego chorando e assumindo que preciso de alguém para dividir um peso comigo. O grande problema é que me apego aos bons momentos e pessoas que passaram e estão na minha vida, assim, as lágrimas não passam do teclado do meu computar, ou seja, aprendi a engolir tudo que é estúpido e banal, afinal, minha dor não é a maior do mundo...Ainda posso chorar.
Mas vai saber..fica registrado o dia que dói..
Estava lendo e_mails que trocava com o Luiz Orlandini (e ainda troco) e achei um poema que passei do Bortolloto e conversamos sobre.
O luiz é uma das pessoas que fazem eu sentir conforto por estar em Itápolis,afinal, tenho a certeza que se não estivesse neste fim de mundo não teria cruzado com ele...São nestas coisas que me apego para ter um fôlego e aguentar tudo por aqui...As coisas que, realmente, valeram a pena...
Aí vai o poema:

PEQUENAS ALEGRIAS

Há um pequeno poema caindo do bolso da minha calça
Há estrelas caindo do teto da igreja
Há a garota assustada encolhida no canto da cama
Há o homem grande e triste segurando um copo de whisky
Há a mãe mentindo para o seu filho
dizendo que um dia ele vai ser feliz
Há os que acreditam em mães carinhosas e bem intencionadas
esses se tornam psicopatas ou suicidas
Mães não vão para o inferno.
Há uma espécie de limbo para as mães e elas estão todas lá
Há os que não prestaram atenção em suas mães
esses assobiam swamp music no metrô
e voltam para suas casas lendo “O Monstro do Pântano”
esses terão apenas pequenas alegrias
como afagar a cabeça de um cachorro
ou abraçar o porteiro do restaurante
Mensagens fúnebres na noite de natal
mas eles já estavam preparados
por isso apenas enchem seus olhos de lágrimas
enquanto servem outra dose
ao contrário dos outros que arrancam os cabelos
e arremessam telefones contra a parede
esses que querem vingança
e acham que enganam Deus quando se ajoelham pra rezar
Os que não ouviram suas mães não rezam
apenas andam por aí
com seus pequenos poemas caindo do bolso de suas calças
e fazem de suas pequenas alegrias uma farra eterna
Há essas pessoas simples e evidentemente tristes
que enchem de alegria meu coração presciente
E há essas mulheres lindas que querem conquistar o mundo
e que inevitavelmente perdem todo o charme
quando procuram esbaforidas algo em suas bolsas.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Cansei...

"...and you turn over
to your left side
to get the sun
on your back
and out
of o your eyes.."

Bukowski

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Acontece hoje atribuição de aulas para professores OFAS, ou seja, Ocupantes de Função Atividade do Estado de São Paulo. Como dizem por aí, o processo de atribuição tornou-se uma saga: "A saga dos professores temporários".
Escancarar minha indignação seria desnecessário já que minha visão sobre educação superior e mesmo pública encontra-se em folhas e mais folhas de um processo judicial, mas enfim...
O processo de atribuição (ponto/tempo) é inconstitucional, já que qualquer relação com órgão público deve ocorrer por meio do processo seletivo ou concurso.
Prova que, ainda hoje, vivemos numa sociedade com ambiente propício para usufruir da máquina pública por meio dos "favores".
A prova só constatou uma realidade há muito percebida, despreparo dos professores que se encontram na rede estadual (percebo pela terrível classificação de muitas professores da minha região que possuem ponto por tempo de serviço).
Aí segue o texto do blog Professor temporário:




" A SAGA DOS PROFESSORES TEMPORÁRIOS EM BUSCA DA ATRIBUIÇÃO: PARTE III – A REAÇÃO CONSERVADORA
7 Fevereiro 2009 por professortemporario
Na continuação desse filme de terror, em que a sujeira espirra para todos os lados, o sindicato dos professores consegue a suspensão do processo de avaliação dos professores OFA, por pura incompetência do Estado. Em razão de uma decisão liminar, concedida pela mesma Juíza que havia suspendido o processo anteriormente, a Secretaria de Educação publicou uma NOVA CLASSIFICAÇÃO DE PROFESSORES, fundamentada apenas no tempo de serviço e idade. Não sabemos se haverá uma nova continuação para essa obra de ficção.
Certamente, o Estado recorrerá. Teria grandes chances de reverter o processo, se não fosse por um detalhe: sua incompetência.
Como? A decisão judicial que suspendeu a classificação que considerava a prova do dia 17/12/08, teve como principal justificativa os erros na sua publicação. Para a Justiça, como o Estado não conseguiu corrigir todas as provas (25 questões de múltipla escolha em gabarito para leitura ótica, como na loteria esportiva…) ou a atribuição ocorreria com o completo prejuízo para os professores que fizeram a prova e não tiveram suas provas corrigidas (constavam como ausentes), ou seria adiada em tempo indeterminado, o que prejudicaria 5 milhões de alunos.
Tudo isso seria evitado se o Estado, ao planejar seu calendário, tivesse considerado os prazos de correção e recursos contra a nota e classificação, e principalmente, tivesse feito seu trabalho de forma minimamente profissional.
Nessas circunstâncias, o sindicato dos professores tenta disfarçar o seu interesse no processo com um discurso vazio de defesa dos professores e por meio de frases de efeito como “concurso sim, provinha não”. A razão disso é simples: a maioria dos seus filiados é constituída por professores com mais tempo de serviço. Como sua postura em relação ao processo não desperta o menor interesse por parte dos professores mais novos, que NÃO CONFIAM EM SUAS AÇÕES, a arrecadação das suas contribuições, descontadas em folha, seria drasticamente reduzida, já que a saída dos professores mais antigos não seria compensada pela filiação dos novos.
O discurso que desqualifica o processo de avaliação conduzido pelo Estado, que realmente poderia ter sido mais bem elaborado (o atropelo começou nesse ponto…) pode ser facilmente desconstruído com o seguinte raciocínio: Nos últimos anos houve concurso público para professor da rede estadual em 2003, 2005 e 2007. Existe um outro concurso previsto para 2009. SE AO LONGO DESSE TEMPO OS CONCURSOS EXISTIRAM, POR QUE EXISTEM TANTOS PROFESSORES TEMPORÁRIOS NA REDE?
Numa reflexão simplificada, a resposta para a questão poderia supor que a maioria dos professores temporários não conseguiu ser aprovada nos concursos do Estado.
Não existe uma estatística oficial sobre o caso, mas o fato é que ao longo desses anos muitos dos professores temporários do Estado de São Paulo foram sim aprovados nos concursos, mas preferiram não tomar posse de seus cargos por uma simples razão: o concurso era em nível estadual e quando o professor era chamado, a vaga que lhe era destinada quase sempre estava em uma localidade muito distante da sua.Como para a classificação dos professores Ocupantes de Função Atividade (OFA) o Estado considerava como título o certificado de aprovação em concurso público, compensava para esse professor continuar como temporário.
Existe sim uma parcela de professores que não deveria ter o direito de ostentar esse título. Embora formados em nível superior, essas pessoas nunca conseguiram ser aprovadas nos concursos públicos e formam uma verdadeira legião de encostados.
Numa conversa franca com alguns, escutamos como argumento: “já que o Estado não me valoriza, vou participar da atribuição e na semana que vem entro com a licença médica.”
Nas atribuições de aula em nível unidade escolar, que ocorreram ao longo de 2008, presenciamos casos de AULAS QUE ESTAVAM SENDO ATRIBUÍDAS PELA QUARTA VEZ, porque o professor titular efetivo havia sido designado vice-diretor. Seu primeiro substituto OFA, entrou em licença médica uma semana depois que assumiu. A segunda professora substituta assumiu no mês seguinte e entrou em licença gestante, duas semanas após ter iniciado. Ao último professor OFA que assumiu as aulas foi determinado que não entrasse em licença médica.
Se contarmos com o efetivo, PELO MENOS CINCO PROFESSORES RECEBERAM SALÁRIO PELAS MESMAS AULAS, sendo três OFA e os eventuais. Na prática, ninguém lecionou essas aulas e os alunos foram os maiores prejudicados.
Esse filme de terror, totalmente financiado pelo desperdício do dinheiro público, constituí o maior argumento contrário à causa da educação e dos professores no Brasil. (Só os nossos parlamentares têm uma postura mais condenável…).
Por causa de uma parcela que usa de má fé para se alimentar as custas do Estado toda uma categoria é execrada pela sociedade, e principalmente, questionada em sua capacidade. Professores temporários que estão na rede como “quase efetivos”, devido à pontuação de tempo de serviço acumulada ao longo dos anos, se defendem dizendo que, com o salário recebido do Estado (que é realmente baixo) não tem como se manter atualizados e, muito menos, investir em formação pedagógica.
O que esses professores não dizem é que os cursos de formação continuada, oferecidos pelo Estado em parceria com Universidades, tem uma adesão baixa. Embora não tenham qualquer ônus para os professores da rede, a maioria que se inscreve e freqüenta as atividades é formada por professores mais novos.
Nesse contexto meio macabro, meio sarcástico, o que podemos esperar da escola pública?
É possível cumprir com as metas de desenvolvimento educacional propostas pelo MEC se nem conseguimos resolver de maneira satisfatória a questão da atribuição das aulas?
Concordamos com a idéia de que a prova do dia 17/12/08 poderia ter sido mais realista. Muitos professores mais antigos tiveram sim uma maior dificuldade, pois a proposta curricular que servia de referência à prova foi fundamentada em teorias mais recentes.
Entretanto, diferentemente de um concurso público oficial, esse processo seletivo atribuiu ao tempo de serviço o mesmo peso da nota da prova (nenhum concurso público consideraria tanto para esse quesito…).
Entretanto, como estamos tratando de educação, a idéia de uma sala de aula com um “professor”:
que nunca conseguiu ser aprovado em concurso público do Estado;
que nunca consegue tempo ou recursos para atualizar sua prática pedagógica;
que em muitos, casos mal aparece nas salas de aula, por estar sempre em licença;
e que não conseguiu uma boa classificação no processo, apesar de seu tempo de serviço ter sido considerado;
Essa idéia constituiu o único elemento que transforma essa comédia em um filme de Terror."
fonte: http://professortemporario.wordpress.com/2009/02/07/a-saga-dos-professores-temporarios-em-busca-da-atribuicao-parte-iii-%e2%80%93-a-reacao-conservadora/

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Sentindo que o mundo conspira contra meus desejos e sonhos.
Sentimento ruim de que meu castelo de areia está em ruínas...Mas me ludibrio com o som do mar que é mais certo...


*aperto sem explicação...costumo sentir isso, sempre, antes de uma boa apunhalada..mas...quem sabe?!?!!?!