De tudo, talvez, permaneça
o que significa. O que
não interessa. De tudo,
quem sabe, fique aquilo
que passa. Um gerânio
de aflição. Um gosto
de obturação na boca.
Você de cabelo molhado
saindo do banho.
Uma piada. Um provérbio.
Um buquê de presságios.
Sons de gotas na torneira da pia.
Tranqueiras líricas
na velha caixa de sapato.
De tudo, talvez, restem bêbadas anotações no guardanapo.
E aquela música linda que nunca toca no rádio.
(de Orfanato Portátil, 2003, Atrito Art Editorial) Buquê de Presságios
2 comentários:
aquela música linda que nunca toca no rádio...
ai ai
isto é tão... vc
nem preciso dizer! e digo...
amo
Amo +, amo², afinal, não tenho controle, para nada!!!
Postar um comentário